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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1401-2

1401-2

AVALIAÇÃO DA FASE ORGÂNICA DO BIO-ÓLEO NO COMBATE A FUNGOS DECOMPOSITORES DE CITRUS

Autores:
Giani Mariza Britzius Barwald (IFSUL - Instituto Federal Sul-Riograndense) ; Pedro José Sanches Filho (IFSUL - Instituto Federal Sul-Riograndense) ; Iago Dutra (IFSUL - Instituto Federal Sul-Riograndense) ; Sthephanie Perez (IFSUL - Instituto Federal Sul-Riograndense)

Resumo:
O bio-óleo é um dos produtos resultantes da pirólise, que vem ganhando destaque nos últimos anos, esse processo se baseia na degradação térmica da biomassa sem um agente oxidante. O material bruto é levado para um reator pirolítico, onde se inicia o processo de decomposição à medida que passa pelas zonas de aquecimento do reator, resultando em produtos gasosos, sólidos e líquidos. Nesse contexto ao valorizar os resíduos industriais do processamento do arroz, a Economia Circular deixa de vê-los como “lixo” e os tornam importantes na cadeia produtiva, o que leva à redução das pressões ambientais, pois se torna uma forma de descarte segura e que valoriza o resíduo. Para este estudo o bio-óleo foi obtido a partir da pirólise rápida a 700oC da casca de arroz em de quartzo de bancada O objetivo deste trabalho foi testar o potencial da fase orgânica (FO) do bio-óleo no combate a fungos Rhizopus stolonifer. Foram realizados testes biológicos em laboratório, com fungos decompositores utilizando meio ágar batata dextrose e agar sabouraud dextrose, ambos acidificados a pH 4 com ácido tartárico esterilizado, onde 1 mL dos extratos obtidos das cascas de Citrus foi espalhado sobre o meio e, após a secagem do ágar, três discos de papel-filtro de 2 cm de diâmetro previamente esterilizados foram dispostos em cada placa sobre o meio. Sobre estes, 50 μL de cada uma das soluções estudadas (FO 10 %, FO 1%, Diclorometano e agua) foram distribuídos separadamente. O bio-óleo produzido apresentou inibição do crescimento de fungos decompositores cítricos para a fase orgânica (FO) em todas as concentrações do bio-óleo e nas diferentes concentrações do inóculo. Possivelmente os compostos originados pela quebra da lignina, celulose e da hemicelulose como compostos aromáticos, fenóis, guaiacol, seringal, entre outros, tem ações inibitórias sobre desenvolvimento de fungos decompositores.

Palavras-chave:
 Rhizopus stolonifer, Biomassa, fungicida


Agência de fomento:
Propesp/IFsul